Arquivo da tag: Formosa

Festa do Divino Espírito Santo em Formosa Goiás

Com o lema “Sopra, Espírito Santo, e fortalece nossa vida com seus dons”, celebração reúne fiéis entre os dias 30 de maio e 08 de junho em intensa programação religiosa e cultural.


Fé, Tradição e Devoção: Festa do Divino Espírito Santo movimenta Formosa Goiás

Está acontecendo em Formosa, Goiás, entre os dias 30 de maio e 08 de junho de 2025, a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, uma das manifestações religiosas mais importantes do município. Com o lema deste ano — “Sopra, Espírito Santo, e fortalece nossa vida com seus dons” —, a celebração une fé, cultura e comunidade em uma programação intensa que se espalha por toda a cidade e regiões rurais.

A festa tem como destaque a participação de figuras simbólicas que representam a devoção e o compromisso com a tradição. Em 2025, o Casal Imperador é composto por Tiago Melo e Dayane Machado, enquanto Alisson Sousa e Angélica Dutra assumem o papel de Casal Folião, conduzindo com alegria os momentos festivos.

A condução espiritual do evento está sob os cuidados do bispo diocesano, Dom Adair Guimarães, e do diretor espiritual, padre João Manoel, que junto à comunidade católica têm liderado as celebrações e momentos de reflexão.

Durante os dias de festa, a cidade de Formosa se enche de cor, música e oração, com missas, novenas, procissões, alvoradas, apresentações culturais e quermesses que envolvem moradores e visitantes. As atividades também acontecem nas zonas rurais, mantendo viva uma tradição que atravessa gerações.

A Festa do Divino é, acima de tudo, um momento de renovação espiritual, solidariedade e união comunitária, reafirmando a importância da fé no cotidiano do povo formosense.

Eyshila Vieira Sousa conquista vice campeonato mundial de Jiu Jitsu na Califórnia

Eyshila Vieira Sousa, com apenas um ano de prática na modalidade, brilha em Long Beach e consolida seu nome entre as promessas do esporte brasileiro.


De Formosa para o mundo, Eyshila Vieira Sousa conquista vice campeonato mundial de Jiu Jitsu na Califórnia.

A jovem atleta Eyshila Vieira Sousa, estudante do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – Domingos de Oliveira, alcançou um feito notável no cenário esportivo internacional ao conquistar o título de vice-campeã no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, realizado no último dia 30 de maio, em Long Beach, Califórnia (EUA). Representando a equipe Checkmat – Mais do que Vencedores (MQV), Eyshila mostrou talento, técnica e garra ao enfrentar algumas das melhores competidoras do mundo.

Apesar de ter iniciado no Jiu-Jitsu há apenas um ano, Eyshila já possui um currículo respeitável. Subiu ao pódio em todas as competições que participou, incluindo eventos de grande prestígio como o Campeonato Europeu, Sul-Americano, Brasília Open e o Campeonato Brasileiro, o que lhe garantiu o 3º lugar no ranking geral da modalidade.

A conquista mundial ganha ainda mais destaque pelo fato de a atleta não contar com patrocínio. Sua trajetória tem sido sustentada pelo esforço pessoal e pelo apoio incondicional de seus pais, que acreditam no potencial da filha e investem em seu sonho. Determinada, Eyshila já traça os próximos passos: pretende disputar novos campeonatos nacionais nos próximos meses e, em janeiro de 2026, retornar à Europa, onde já conquistou uma medalha de bronze, com o objetivo de trazer o ouro para o Brasil.

Emocionada com os resultados e o reconhecimento, Eyshila agradeceu aos professores Jackson e Natália, responsáveis por sua formação técnica, e à equipe da Checkmat – MQV, pelos treinos intensos e preparatórios. Ela também expressou gratidão às pessoas e instituições que contribuíram com sua jornada: @sergio_assego, @caiquenutre, Feno Ouro Verde, Academia Atitude Fitness e Dr. Douglas Engenheiro.

Com determinação e espírito de superação, Eyshila Vieira Sousa é hoje um exemplo de que talento, disciplina e apoio familiar podem levar jovens atletas brasileiros a conquistar o mundo.

Colaboração formosavip.com.br

Veja vídeo da conquista de Eyshila Sousa

https://www.instagram.com/reel/DKXaqNdRJrE/?igsh=Yzc3NnhxYXY0aGJ3


Mata da Bica: o verdadeiro berço do Rio São Francisco está em Formosa Goiás

Estudo aponta a importância hídrica da área urbana que abriga mais de 36 nascentes e pode ser peça-chave na preservação do Velho Chico.


A Importância Hídrica da Mata da Bica, de Formosa para o Velho Chico

A Mata da Bica é uma Área Verde Urbana situada na zona central do município de Formosa-GO (Zona Urbana), inserida entre a malha viária e a rede de unidades residenciais e comerciais do seu entorno (Zona de Vizinhança). Com uma área de 256.800 m² e ainda sem delimitação oficial, a Mata necessita de regularização fundiária e carece de estudos mais específicos e aprofundados. Suas funções vão além das definidas pela antiga Lei Municipal nº 11/1948, que a protege pelas suas nascentes e por seu valor recreativo e de bem-estar social.

Apesar da ausência de delimitação formal, a área apresenta um bom estado de conservação de sua flora, composta por Cerrado stricto sensu, Mata de Galeria e Mata Ciliar, incluindo vegetações nativas e exóticas que desempenham papel essencial na preservação dos corpos hídricos da região, especialmente do Rio São Francisco. Sua fauna também é considerável, abrangendo mamíferos, aves, répteis, peixes e, provavelmente, outras espécies ainda não identificadas.

A Mata abriga mais de 36 nascentes, em uma superfície predominantemente plana com áreas de depressão, formando uma extensa região brejeira decretada como área de proteção ambiental. Historicamente, o local foi utilizado para exploração madeireira, banho, recreação e atividades domésticas como lavagem de roupas, antes de se tornar Parque Público.

O Parque Ecológico Municipal da Mata da Bica é o local de nascimento do Córrego Josefa Gomes, que abastece integralmente a Lagoa Feia. Esta, situada integralmente em Formosa-GO, está sob jurisdição compartilhada entre o município e o Exército Brasileiro. A Lagoa Feia, por sua vez, é considerada o berço do Rio Preto, que atravessa Goiás, o Distrito Federal e Minas Gerais. O Rio Preto é responsável por 25,3% da vazão do Rio Paracatu, um dos 10 principais afluentes do Rio São Francisco.

A importância da água como recurso vital é incontestável. No Parque Ecológico Municipal da Mata da Bica, a água tem sua origem em afloramentos, olhos d’água e minas que formam uma grande área alagadiça, alimentada por lençóis freáticos e pelo escoamento das chuvas provenientes de altitudes mais elevadas. Essa configuração dá origem ao Córrego Josefa Gomes, que se une aos corpos d’água da Lagoa Feia, do Rio Preto e do Rio Paracatu, até alcançar o São Francisco. Contudo, ainda são escassos os estudos sobre a qualidade e o enquadramento das águas da Mata da Bica. Há indícios da redução da lâmina d’água da Lagoa Feia. Estudos mais detalhados sobre a microbacia do Córrego Josefa Gomes, o mapeamento das nascentes e corredeiras, a recomposição da Mata de Galeria e a aplicação efetiva de políticas de proteção ambiental são urgentes. É fundamental atender à Resolução CONAMA nº 357/2005 e outras legislações pertinentes.

As infrações ambientais nas áreas da Mata da Bica e da Lagoa Feia são evidentes. Diversas normas como o Estatuto da Cidade, a Lei de Crimes Ambientais, o Código Florestal, o Plano Diretor e a legislação do zoneamento urbano (ZUPA) não estão sendo plenamente cumpridas. A EMBRAPA (2008) já alertava para a crescente escassez de água doce e seus riscos para a saúde, nutrição e segurança alimentar, reforçando a importância da preservação hídrica.

A Agência Nacional de Águas (ANA) trata dos principais rios da Bacia do São Francisco em seu sistema de acompanhamento de reservatórios, mas não considera as nascentes da região brejeira da Mata da Bica, essenciais para a formação do Rio Preto. A operação de Usinas Hidrelétricas a fio d’água, como a UHE Queimado localizada no Rio Preto entre Goiás e Minas Gerais, depende diretamente de nascentes em altitudes elevadas e com vazão significativa — exatamente o que a região da Mata da Bica proporciona.

Ignorar esses contribuintes hídricos compromete a sustentabilidade do sistema. Documentos acadêmicos e institucionais frequentemente tratam equivocadamente a nascente na Serra da Canastra (MG) como o verdadeiro berço do São Francisco, desconsiderando as contribuições reais da Mata da Bica, do Córrego Josefa Gomes e da Lagoa Feia.

A CODEVASF também concentra seus esforços no médio e baixo São Francisco, negligenciando o alto curso e suas cabeceiras. Esses dados são fundamentais para a regulação e distribuição de recursos hídricos e energéticos, impactando diretamente o mercado de energia elétrica e o saneamento básico.

O critério técnico mais relevante para definir uma nascente-principal ou nascente-berço é a altitude. As nascentes da Mata da Bica e da Lagoa Feia possuem altitudes compatíveis — ou até superiores — às da Serra da Canastra e da Serra dos Ventos. Além disso, aspectos como controle da erosão, contenção vegetativa, prevenção de contaminação, uso racional da água, mudanças climáticas e ocupação humana devem ser levados em consideração.

Segundo a ONU (2022), cerca de 25% da população mundial não tem acesso à água potável. Essa realidade, aliada ao descaso com dados técnicos, fomenta conflitos regulatórios no saneamento e na preservação ambiental.

Portanto, este artigo tem como objetivo sensibilizar instituições como o Exército Brasileiro, ANA, ANEEL, CODEVASF, CBHSF, MMA/IBAMA-ICMBio e demais órgãos públicos sobre a importância de iniciar, com urgência, estudos aprofundados sobre a relevância hídrica da Mata da Bica, do Córrego Josefa Gomes e da Lagoa Feia. Reconhecê-los como o verdadeiro berço do imponente Rio São Francisco é essencial para garantir sua preservação e sobrevivência.

O autor. Por: Luiz Carlos Zytkuewisz, MSc Eng. Amb
Maio de 2023.
(versão revisada e atualizada)

Leia mais sobre o autor do artigo fazendo o download no link abaixo.
ARTIGO – Versão OriginalBaixar